sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Riscos da Leptospirose em Moradores de Rua

Saúde alerta população sobre riscos da leptospirose Durante o Verão, quando a incidência de chuvas é maior, toda a população deve redobrar os cuidados com relação à leptospirose. É uma doença infecciosa febril de que pode se manifestar por meio de sintomas leves ou até mesmo em formas mais graves. A leptospirose é causada por uma bactéria chamada Leptospira e está presente na urina do rato. Trata-se de uma zoonose de grande importância social e econômica, por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais graves. Em situações de enchentes, inundações e alagamentos, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou com a lama contaminada poderá ser infectada. A Leptospira penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão. O cuidado de evitar contato com água ou lama contaminadas e terrenos baldios onde existem ratos deve ser redobrado nesta época de chuvas, e mantido mesmo na seca. Os sintomas mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como os da gripe. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo (principalmente nas panturrilhas, as “batatas” das pernas), e também, pode ocorrer a icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas). Nas formas mais graves são necessários cuidados especiais, inclusive internação hospitalar. Portanto, se uma pessoa que entrou em contato com as águas de enchente, enxurradas ou esgoto tiver esses sintomas, ela deve procurar o Centro de Saúde mais próximo. “Esta pessoa que apresenta os sintomas, inclusive, não deve deixar de relatar ao profissional da Saúde sobre o seu contato com água, lama, ou terreno baldio onde possa ter ficado exposta à contaminação através da urina do rato”, disse a enfermeira sanitarista Maria Filomena de Gouveia Vilela, coordenadora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença. Diagnóstico precoce A leptospirose é uma doença curável e seu diagnóstico e tratamento precoces são as melhores soluções. Os primeiros sintomas podem aparecer de um a trinta dias depois do contato com a água ou lama contaminada, mas, na maioria dos casos, aparece de sete a quatorze dias após o contato com a urina do roedor. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, hidratação e suporte clínico, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a ocorrência da leptospirose está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos. Não existe uma vacina para uso humano contra a leptospirose no Brasil. A vacinação de animais domésticos e de produção (cães, bovinos e suínos), disponível em serviços particulares, evita que estes adoeçam e transmitam a doença por aqueles sorovares que a vacina protege, ficando a critério do proprietário, vacinar ou não o animal, sendo válida como estratégia de proteção individual. Neste período de férias de Verão, os técnicos do Sistema Único de Saúde (SUS) recomendam à população que evite ambientes que possam estar contaminados por urina de ratos e outros animais, bem como entrar em contato com água ou lama de enchentes ou rios e lagos suspeitos. No caso das pessoas que vão viajar ou estão viajando, a sugestão é procurar informações sobre a ocorrência de leptospirose na região que vai visitar. Se adoecer no retorno, a pessoa deve relatar sua viagem e as prováveis situações de risco pelas quais passou (enchentes, acampamentos, rios e lagos, principalmente). Roedores A presença do roedor em áreas urbanas e rurais gera agravos econômicos e sanitários de relevância ao homem. O roedor participa da cadeia epidemiológica de pelo menos trinta doenças transmitidas ao homem. Leptospirose e hantaviroses (por eles transmitidas) são doenças de importância no Brasil. Ocorrem, em média, cerca de 3,2 mil casos de leptospirose humana no país anualmente, com letalidade média de 12%. Em Campinas, no ano de 2008 foram registrados 26 casos da doença. No ano passado foram registrados 36 casos de leptospirose. Até o momento não foram registrados casos de leptospirose em Campinas no ano de 2010. Em janeiro foram notificados 17 casos suspeitos de leptospirose. Até o momento nenhum foi confirmado. No ano de 2007 três pessoas morreram por causa da doença. Outras quatro morreram em 2008 e mais quatro no ano passado. A letalidade média em Campinas, nos últimos três anos, é de 11,3, abaixo da média nacional. Mais informações à Imprensa: (19) 2116 - 0176 / 7806 - 5662 com Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde

ACIC CAMPINAS RESPONSABILIDADE SOCIAL

RESPONSABILIDADE SOCIAL
Casa da Cidadania
Com o objetivo de resgatar a cidadania e buscar a inserção social das pessoas em situação de rua, a ACIC fez uma parceria com a Prefeitura de Campinas e o Fórum de Entidades e Órgãos que atuam junto à população de rua, na qual, em conjunto, recuperaram um prédio localizado no Terminal Central, abaixo do Viaduto Cury. Os moradores de rua podem se acomodar neste local especial no Centro de Campinas que oferece um espaço de convivência, alimentação à noite, higiene pessoal, grupos de reflexão e sócio-educativos, e ainda futuramente oficinas. "A ACIC doou a iluminação e os móveis. Esperamos estar dando um pouco de dignidade para estes moradores, que antes comiam nas ruas. Agora terão um espaço adequado para comer e também tomar banho, além de outros benefícios", diz o vice-prefeito de Campinas e presidente da ACIC, Guilherme Campos Júnior. A Casa da Cidadania foi inaugurada em janeiro de 2006.A Prefeitura cadastrou algumas entidades assistenciais e voluntários que distribuíam alimentos nas praças da cidade. Segundo Cátia Rose Gonçalves da Silva, coordenadora setorial de acolhimento e referenciamento social da Prefeitura, o grande desafio está sendo a construção coletiva deste projeto, com os parceiros visando à melhoria da auto-estima dos usuários e a estruturação de novos projetos de vida. "O trabalho será desenvolvido com apoio de voluntários, das entidades e dos órgãos que atendem esta população, no fornecimento da alimentação e nas atividades sócio-educativas, orientando-os sobre seus direitos, encaminhando para tratamento de saúde e obtenção de documentos", afima Cátia. O projeto foi bem recebido pelas entidades participantes, que sonham dar um grande passo para reintegrar homens e mulheres à sociedade. "Vai ser muito bom. É um projeto que tem tudo para dar certo. Vai requerer carinho e atenção, pois não será apenas a comida. Também vamos começar a socializá-los, oferecendo cursos", afirma Maria do Carmo Martinez Gonçalves da Costa, da Associação Maria Porta do Céu, do bairro Santa Genebra. A entidade, que atende cerca de 350 moradores de rua, estará oferecendo jantar de segunda à quarta-feira na Casa de Cidadania. Além dela, as entidades parceiras são o Associação de Radiodifusão Ed.Comunitária Aliança de Amor (Grupo Aliança de Amor), Projeto Amor (Igreja Batista), Centro Espírita Luz do Caminho (Celuca), CEASA, Fórum de Entidades e Órgãos que atuam junto à população de rua de Campinas com a participação de usuários e sociedade civil. Associação Comercial e Industrial de Campinas - Rua José Paulino nº 1.111 – Centro – Campinas – S.P. – CEP: 13013-001