segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
MORADORES DE RUA CASA DA CIDADANIA
A rua, violenta, imponente, vazia, fria, Cinza, prateada, concreta, discreta, Acaba com a alma infantil, A brincadeira com a bola E a roupa colorida Que caracterizam as crianças. A RUA A rua, vazia, fria, Cinza, prateada, Concreta, discreta, Sufoca os sentimentos, Entristece a felicidade do sorriso, Apaga o brilho do olhar, Nos mostra as drogas da vida E a tristeza de um povo esquecido. A rua, violenta, imponente, vazia, fria, Cinza, prateada, concreta, discreta, Acaba com a alma infantil, A brincadeira com a bola E a roupa colorida Que caracterizam as crianças. Assim, mais uma vez, a rua nos mostra A frieza da sociedade, O pouco caso dos governantes, As drogas da vida E a tristeza de um povo esquecido. (Mariana Zayat Chammas
Os moradores de rua, reunidos compartilham seu conhecimento adquirido e experimentado nas ruas, marquises, rodoviárias e estradas: “Somos ainda vítimas do atual sistema político, que, na cegueira do capital, tem produzido milhares de novos moradores de rua a cada ano, pois, à medida que as novas tecnologias substituem o trabalho feito por operários e/ou camponeses, surgem novos desempregados que, ao não conseguirem novo emprego, nevitavelmente, irão para a rua, onde ficarão vulneráveis à bebida, às intempéries do tempo e a outros traumas causados por essa situação... somos, por fim, um povo sonhador, que acredita em um amanhã melhor, que aposta no país e que, por acreditar, mantém acesa em si a esperança.”
A frase introdutória foi extraída do filme: "Do outro lado da sua casa" produzido pelo Olhar Eletrônico/1985. Usado Trechos da Cartilha do Morador de Rua de MG Rodrigo Filgueira de Oliveira Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais Coordenador do CAO-Direitos Humanos do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Secretário-Executivo do Grupo Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais