domingo, 16 de maio de 2010

MORADORES DE RUA CASA DA CIDADANIA

Este trabalho é um convite para revisitar a rua e reconhecer personagens que nela habitam. Solitários e anônimos se opõem e resistem à lógica repressora, em busca de sobrevivência, dignidade e respeito. Sonham e têm esperança. Suas vidas questionam o marco legal que prevalece na sociedade e nos fazem conviver e aprender a respeitar a diferença. Registramos o nascimento de um novo sujeito político, o morador de rua, que lança sobre a cidade um outro olhar, atribui novas funções aos espaços públicos e às instituições, expressa seu desejo de viver com dignidade e de ser respeitado. Ele tem direitos, é amparado pelas leis e pela Constituição. O Estado deve dar proteção a esse cidadão quando necessário, e criar condições para que ele possa exercer plenamente sua cidadania, implementando políticas públicas que atinjam suas demandas e necessidades.
A RUA A rua, concreta, discreta
Nos mostra a frieza da sociedade

O principal patrimônio de um país são as pessoas e não apenas os monumentos e praças da cidade. As autoridades não podem cuidar unicamente dos bens materiais (prédios, ruas, calçadas, canteiros). Elas têm que levar em conta as pessoas que se estabeleceram nos lugares públicos ou que precisam desses espaços para sobreviver. Como diz o artigo 3º da Constituição, o objetivo de nosso País é construir uma sociedade justa e solidária, acabar com a pobreza e diminuir as desigualdades sociais.

A rua, cinza, prateada, concreta,discreta, Esconde o brilho da lua

“O nosso teto é o céu estrelado. As cortinas das nossas paredes são os ventos, a fumaça poluente e a nossa cama é o papelão umedecido pelo orvalho.” (A.G., mais de 25 anos de rua)

Através da escuridão solitária
Nos mostra pouco caso dos nossos governantes E a tristeza de um povo esquecido A rua ,vazia,fria,Cinza,prateada,Concreta,discreta Sufoca os Sentimentos, Entristece a felicidade do sorriso Apaga o brilho do olhar, Nos mostra as drogas da vida

A rua, violenta, imponente, vazia, fria, Cinza, prateada, concreta, discreta, Acaba com a alma infantil, A brincadeira com a bola E a roupa colorida Que caracterizam as crianças. A RUA A rua, vazia, fria, Cinza, prateada, Concreta, discreta, Sufoca os sentimentos, Entristece a felicidade do sorriso, Apaga o brilho do olhar, Nos mostra as drogas da vida E a tristeza de um povo esquecido. A rua, violenta, imponente, vazia, fria, Cinza, prateada, concreta, discreta, Acaba com a alma infantil, A brincadeira com a bola E a roupa colorida Que caracterizam as crianças. Assim, mais uma vez, a rua nos mostra A frieza da sociedade, O pouco caso dos governantes, As drogas da vida E a tristeza de um povo esquecido. (Mariana Zayat Chammas

Os moradores de rua, reunidos compartilham seu conhecimento adquirido e experimentado nas ruas, marquises, rodoviárias e estradas: “Somos ainda vítimas do atual sistema político, que, na cegueira do capital, tem produzido milhares de novos moradores de rua a cada ano, pois, à medida que as novas tecnologias substituem o trabalho feito por operários e/ou camponeses, surgem novos desempregados que, ao não conseguirem novo emprego, nevitavelmente, irão para a rua, onde ficarão vulneráveis à bebida, às intempéries do tempo e a outros traumas causados por essa situação... somos, por fim, um povo sonhador, que acredita em um amanhã melhor, que aposta no país e que, por acreditar, mantém acesa em si a esperança.” A frase introdutória foi extraída do filme: "Do outro lado da sua casa" produzido pelo Olhar Eletrônico/1985.

Usado Trechos da Cartilha do Morador de Rua de MG Rodrigo Filgueira de Oliveira Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais Coordenador do CAO-Direitos Humanos do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Secretário-Executivo do Grupo Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais

sábado, 15 de maio de 2010

ALIANÇA DE AMOR: MORADORES DE RUA ALIANÇA DE AMOR 13 05 10

ALIANÇA DE AMOR: MORADORES DE RUA ALIANÇA DE AMOR 13 05 10

MORADORES DE RUA ALIANÇA DE AMOR 13 05 10

Praça Opera O Guarani nº 10 Campinas SP ( Terminal Central)
Web Rádio Pietá www.radiopieta.org.br contato@radiopieta.org.br
Apresentamos este trabalho realizado com muitas mãos e , com muito carinho ,e com o intuito de fazer despertar consciências, iluminar caminhos e mobilizar toda a sociedade para a condição das pessoas que se encontram em SITUAÇÃO DE RUA
Nesses cidadãos, que insistimos em querer não enxergar, residem sonhos, esperança, desejos, dignidade, caráter, afeto e amor. Somos iguais, somos humanos
Trata-se de um passo em busca da garantia de dignidade e cidadania às pessoas que encontramos em nossos caminhos e portas e que se tornam invisíveis a nossos olhos, mentes e corações. Solitários e anônimos se opõem e resistem à lógica repressora, em busca de sobrevivência, dignidade e respeito. Sonham e têm esperança. Suas vidas questionam o marco legal que prevalece na sociedade e nos fazem conviver e
aprender a respeitar a diferença.